segunda-feira, 6 de abril de 2009

O PODER DE INTERVIR

Os Estados Unidos lançaram DUAS bombas atômicas.

Os Estados Unidos lançaram ao espaço vários foguetes.

Os Estados Unidos interveem política e militarmente nos países do leste há décadas.

O Iran não pode ter energia atômica. Estados Unidos, França, podem.

A Coréia do Norte não pode lançar foguetes para pôr satélites de comunicação no espaço, pois é a mesmíssima tecnologia usada para bombardear Japão e Estados Unidos. Mas quem controla o alcance dos mísseis norteamericanos?

Tirando que o Iran pode realmente fazer uma bomba atômica, ou a Coréia do Norte realmente criar um míssil que atinja países ao redor, qual a diferença do que os Estados Unidos, a França, e os outros países do conselho de segurança da ONU fazem?

A diferença é que os Estados Unidos não permite que ninguém mais tenha poder. É o medo do leão, que expulsa todo filho seu quando começam a surgir os primeiros pelos da juba. E isso tudo, toda essa tecnologia da morte, quem trouxe ao mundo?

Proteger sua terra é uma coisa, impedir que outras nações soberanas busquem seus próprios caminhos, e ameaçá-las com armas e discursos políticos inflamados é outra coisa.

O senhor Obama é a maior de todas as ilusões capitalistas, ele é a ilusão de igualdade, de liberdade, de fraternidade. Ele é um negro na Casa Branca! Não obstante ele ser mestiço, escrever em sua biografia que É mestiço, e NUNCA ter dito ser negro, ele É o sonho dos desvalidos, com sua divindade que fora carpinteiro e crucificado pela maior potência do mundo, o senhor Obama AUMENTOU o contingente de homens no Afeganistão, enquanto trapaceava o mundo dando uma canetada para retirar as tropas do Iraque com um belo prazo ainda de ocupação e lucro de empresas norteamericanas.

Como escrevi no ensaio anterior: o mito do superman é o louvor da arma. Quem tem a maior arma é falicamente o mais poderoso. Tirante o fato do senhor Obama talvez acreditar na própria falácia de AMERICAN DREAM, e que seja o próprio superman, THE SELF-MADE MAN, e que ele seja, desta feita, o salvador do mundo, a.k.a. capitalismo, o senhor Obama só dá mostras que é o que é, o presidente dos Estados Unidos da América, não o salvador do mundo, e os interesses norteamericanos são simples, parafraseando um desenho animado yanque: “Tentar dominar o mundo.”

E o maior pesadelo deste conglomerado de Estados, que se não fosse por Benjamin Franklin, e ainda antes, no trato do Mayflower, teria se esfacelado em vários pequenos países, é ver sua hegemonia militar-político-economico desvanecer ante os próprios olhos.

Os Estados Unidos são uma crença. A crença em sua própria imortalidade como império, pois todos os seus sábios devem ter descoberto a forma certa como evitar o inexorável colapso de todos os impérios da história. Provavelmente é a FÉ que o capitalismo é flexível, e indestrutível. Porém em seu ato de FÉ, os Estados Unidos esquecem também que além de indestrutível e flexível, ele é volátil, hoje está com alguém, como antes esteve com a Inglaterra, antes com Portugal, antes com a Itália (Florença). Esquecem que o capitalismo é uma amante ingrata, ela nos abandona quando mais precisamos dela, para se deitar com o próximo da linha de sucessão. Talvez o capitalismo seja Gertrudes, muda a cama para o outro lado do Atlântico, mas o amante continua sendo da mesma família. Esquecem que o ato do presidente pedir mais dinheiro, bilhões, trilhões de dólares, e ser atendido, não é só um ato insano e louco, produzir dinheiro sem lastro, isto é, passar cheque sem fundo baseado na minha fama de grande homem de negócios, é o mesmo que deixar a porta eternamente aberta para a destruição. Um dia alguém vai ter que pagar por tanto dinheiro, e nem todo o tesouro do mundo será suficiente.

O senhor Obama é o superman do capitalismo, ele praticamente salvou-o da crise, mas como todo leitor de Comics norteamericanas sabe, todo ano tem uma crise nova para alavancar as vendas dos produtos, a crise no capitalismo é situação sine quae non de sua própria existência, o medo do senhor Obama e de todos os príncipes que tomarão a coroa burguesa da presidência dos Estados Unidos da América, é imaginar que na esquina da próxima crise estará esperando o próximo amante de Gertrudes, e finalmente venham reclamar o preço dos cheques sem fundo.

2 comentários:

Mariana Silveira disse...

Eu concordo com o que diz a respeito dos USA...
Mas, discordo quanto Obama... Acredito que o mundo inteiro está 'pagando pra ver'.
Gostei do blog, parabéns.
São idéias bem fundamentadas.

Um abraço.

Thiago Ribeiro disse...

Obrigado, Mariana, mas o que acontece é que enquanto "pagamos pra ver", não somos obrigados a
esperar calados, principalmente
quando o senhor Obama posa de esperança, mas continua com a mesmíssima política de guerra anterior.