quinta-feira, 5 de março de 2009

BLOCO DO FIM DA FESTA

Quando o surdo marca
é meu corpo todo quem escuta
é meu corpo todo quem treme
arrepia bate
não há caixa não há pandeiro
há só o surdo
o surdo em de dentro do meu peito
o surdo forte pesado
ao resto todo estou eu surdo
nada de atabaque ou tamborim ou outro tambor
só o surdo que nunca cala
mesmo nas paradas
só o surdo que marca
só o surdo que mantém
ritmo impecável
batendo os meus tímpanos
arrepiando o meu espírito.

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